20 de fevereiro: Santuário de Fátima promove concerto em Lisboa

Sem amor nenhuns olhos são videntes

A 20 de fevereiro, Festa Litúrgica dos Beatos Francisco e Jacinta Marto, o Santuário de Fátima promove a realização em Lisboa de um concerto evocativo dos três videntes de Fátima, que terá como momento alto a estreia nacional da peça musical “Drei Hirtenkinder aus Fatima – Os Três Pastorinhos de Fátima”, da autoria de Arvo Pärt, compositor estoniano de referência na música contemporânea.

A Sé Patriarcal de Lisboa acolhe esta iniciativa integrada no programa oficial do Centenário das Aparições de Fátima. O início do concerto, intitulado “Sem amor nenhuns olhos são videntes”, verso do poema «Anátema», da autoria do escritor português Miguel Torga, está marcado para as 21:00, com entrada livre.

O manuscrito com a composição de Arvo Pärt, datado de 19 de maio de 2014, foi dado a conhecer a 13 de outubro de 2014, na rubrica “Ler, Ouvir e Ver Fátima” da “Fátima XXI – Revista Cultural do Santuário de Fátima”, isto após um convite ao compositor para que escrevesse um texto-testemunho acerca da experiência da sua vinda à Cova da Iria, realizada um tempo antes, e em que o compositor optou por oferecer ao Santuário o manuscrito para uma breve peça para coro misto a cappella composta sobre o texto de um versículo do Salmo 8. 

O concerto será apresentado em três partes – com coro infantil, órgão e coro – de acordo com o seguinte alinhamento: Coro Infantil do Instituto Gregoriano de Lisboa; João Santos, organista titular do Santuário de Fátima; Coro Anonymus.

Manuel Lourenço Silva, produtor executivo da programação musical para o Centenário das Aparições, sublinha que o relevo da peça de Arvo Pärt é duplo: “por um lado, o nome de Fátima ficará registado no catálogo de obras de um dos maiores compositores de sempre; por outro lado, o título e o texto escolhidos para a composição musical que dedicou aos Pastorinhos destacam a importância das vozes das crianças enquanto mensageiras”. Manuel Lourenço Silva refere que, ainda assim, “talvez o aspeto mais importante da composição, é que Arvo Pärt se sentiu tocado pela espiritualidade e pela mensagem de Fátima”.

Fonte: Santuário de Fátima